segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Pequeno Dragão

No dia 24 de Abril de 1997, nasceu em Monchique um pequeno dragão. De início, o dragão era solitário. Mas, quando tinha fome, ia comer ovelhas numa ilha chamada "Terra dos Caça Dragões". Sempre que regressava a Monchique trazia, para várias semanas, comida que armazenava na sua gruta.
Um dia, um menino, que andava a passear por Monchique, viu uma cauda preta a entrar numa gruta. Dirigiu-se à entrada da mesma e agarrou numa pedra do chão.
O dragão que vira não era grande: era do tamanho de duas ovelhas. Segundo o livro que o seu avê lhe dera, o dragão era um "Fúria da Noite".
Esfregando os olhos com um ar surpreso, o rapaz largou a pedra. O dragão olhou para ele. Não parecia sentir-se ameaçado. Mas assim que o rapaz começou a fugir, o dragão seguiu-o, até o alcançar. O rapaz, cheio de medo, deitou-se, e o dragão viu, então, no bolso daquele, uma sandes de paté de sardinha. Ao levantar-se, o rapaz tirou a sandes do bolso e deu-a de comer ao animal. Terminada a refeição, seguiram os dois para as respectivas casas.
À noite, no seu quarto, o rapaz só pensava na sorte que tivera, por não se ter tornado no lanche do dragão. Já quase a adormecer, viu uma chama através da janela. Abriu a janela e foi surpreendido pelo dragão, que lhe lambeu a cara e fez um jeito com a asa. O rapaz percebeu a ideia e subiu para cima dele. Juntos voaram até à terra dos Caça Dragões.
Ao chegarem à ilha, o dragão parou para almoçar uma ovelha. Mas, de repente, o rapaz viu uma bola de fogo vir na sua direcção, a qual foi desviada pelo fogo que o próprio dragão cuspiu. Já a salvo, o rapaz montou novamente no dragão e implorou que este voltasse para Monchique. Ao chegar à vila, o rapaz prometeu-lhe que não diria nada a ninguém acerca da sua existência. E assim foi.
Desde esse dia, antes de adormecer, o jovem olhava pela janela e via, ao longe, o fogo que o dragão deitava da boca. E todas as noites sonhava com possíveis aventuras que poderia viver com o seu novo amigo. Cada sonho se tornava realidade no dia seguinte, até que o rapaz se apercebeu que o dragão era mais especial do que aquilo que aparentava ser.

João Afonso 8.º B, N.º 13

1 comentários:

Anónimo disse...

Muito fixe!! :D