quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Jesus bleibet meine Freude

 

Bach - BWV 147 - 7 - Jesus bleibet meine Freude
(Jesus, Alegria dos Homens)


História Antiga

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da nação.

Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.

Miguel Torga

Last Christmas

 
David Fonseca, Last Christmas

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Chove. É dia de Natal :)

Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.

Deixo sentir a quem a quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.

Fernando Pessoa

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Christmas Pipes

 
 Celtic Woman, Christmas Pipes

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Lanche de Natal

Clique na imagem para a visualizar num formato maior.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Prepara-te para o teste: Conjugação Verbal

Treina os teus conhecimentos de Conjugação Verbal,
clicando em cada uma das seguintes imagens.
Brevemente serão publicadas mais actividades sobre Verbos.

1

2

3

4

5

6

7

Prepara-te para o teste!

Testa os teus conhecimentos de Língua Portuguesa, clicando em cada uma das seguintes ligações:

Tipos de Frase

Tipos e Formas de Frase

Nomes: formação do feminino e do plural

Nomes: formação do feminino

Nomes: formação do plural

Nomes colectivos

Graus dos adjectivos



Bom estudo!
E fiquem com esta bela imagem que corre mundo inteiro.


"Não há ninguém
que precise tanto de um sorriso
como aquele que não sabe mais sorrir."

Autor desconhecido

Nomes: formação do plural

Indica o plural dos seguintes nomes:

1. avestruz; 2. cidadão; 3. capitão; 4. caracol

5. funil; 6. atum; 7. amor-perfeito

8. curto-circuito; 9. pé-de-cabra; 10. recém-nascido

domingo, 5 de dezembro de 2010

Dia internacional das pessoas com deficiência

O dia internacional das pessoas com deficiência (3 de Dezembro) é uma data comemorativa internacional promovida pelas Nações Unidas desde 1998, com o objectivo de promover uma maior compreensão dos assuntos concernentes à deficiência e para mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o bem-estar das pessoas. Procura também aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspecto da vida política, social, económica e cultural. 

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dia Mundial de Luta contra a SIDA

Há coisas que devem ser sempre relembradas...
Por isso, informa-te e protege-te!
SIDA - Não acontece só aos outros!

9.º B e prof. Alexandra Gonçalves

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Funções afim

Clica na imagem e acede a um site onde podes alterar o valor do declive e da ordenada na origem de cada recta e observar as suas características.
Nota: verifica no site se as coordenadas dos pontos A e B estão bem representadas.

Prof. Gilda Camelo

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Márcia Marreiros e a Lua de Joana

No dia 27 de Novembro, no âmbito da rubrica da Biblioteca Escolar Um livro por semana, a Márcia Marreiros da turma B do 8.º Ano foi à Rádio Fóia apresentar o livro A Lua de Joana.
Para saberes mais sobre esta belíssima participação da Márcia, clica aqui ou  consulta o blogue da Biblioteca Escolar.

E tu? Que livro te tocou? Partilha-o com a comunidade de Monchique e arredores...
Vem viver, como a Márcia, uma experiência única!
Inscreve-te na Biblioteca. E o/a próximo/a poderás ser tu!

História da Gata Borralheira

Acede ao conto de Sophia de Mello Breyner Andresen 
História da Gata Borralheira
clicando aqui.

E, clicando aqui, poderás ouvir contos infantis musicados com humor  :)


domingo, 7 de novembro de 2010

Eu gosto de ler! E tu?

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cheguei!!!

Olá!!! A professora Alexandra Gonçalves acabou de se inscrever no vosso blogue!!!!
Participem também!!! Ao trabalho 8ºs!!!!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Graus dos Adjectivos

Treina os teus conhecimentos dos Graus dos Adjectivos!

Clica em cada uma das seguintes imagens.

Provérbios

Completa os seguintes provérbios:

1. Em terra de cegos quem tem um olho é _________________.

2. Quem canta seus __________________ espanta.

3. Mais depressa se apanha um __________________ do que um coxo.

4. Cesteiro que faz um cesto faz __________________.

5. Cada terra com seu uso, cada roca com seu _________________.


Clica aqui e acederás a um site com mais de mil provérbios!...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Breve História do Conto Popular Português

Um dos primeiros pedidos que a criança, em idade de verbalizar e perceber o real, faz ao seu círculo familiar e educacional, é a expressão quase universal: "Conta-me uma história".

E acontece que, desde a noite dos tempos, os Homens contam. Sem recorrer à escrita, mas transmitindo, de boca em boca, histórias cheias de aventuras, de personagens simples e coisas maravilhosas. Estas histórias, que constituem o "tesouro dos contos" e que se encontram em todas as culturas e sob formas diversas, tornam-se para nós a nossa memória colectiva, exprimindo-se pela sua originalidade e também pela universalidade das nossas culturas nacionais.

Tempos houve em que esta memória colectiva era transportada por homens e mulheres cuja espécie está em vias de extinção na maior parte dos povos: os contadores de histórias.

Devido a factores culturais e sociológicos, o contador popular, muitas vezes iletrado, tornou-se uma espécie de personagem mítica e longínqua.

Contudo, reconhece-se que há uma dezena de anos para cá assiste-se ao nascimento de uma nova geração de contadores que retomam o tesouro do passado, o enriquecem, o renovam e levam os contos um pouco por todo o lado. A salvaguarda dos Contos Populares, e por conseguinte da memória de um povo, está também ligada à escola, à criança, àqueles que cresceram com eles, aos educadores e professores, tornando-se assim os guardiões do tempo, os contadores de histórias de hoje.

É verdade que as crianças de hoje vivem num mundo que em nada se parece com o mundo dos Contos Populares, um mundo de uma sociedade antiga e rural. E a primeira virtude dos Contos Populares é a de fazer com que a criança mergulhe de novo numa cultura esquecida e perdida.

Os verdadeiros contos são anónimos, de origem longínqua e difícil de temporizar. Classificam-se como sendo uma pequena narrativa simples que não entra em pormenores e reduz ao máximo a acção, o tempo e o espaço.

Passados de geração em geração por via oral, os Contos Populares fornecem uma explicação do mundo, são a expressão de terrores e esperanças mais profundos, são uma escola de sabedoria, uma essência primordial em que cada povo foi depositando os seus medos, as suas angústias, os seus protestos, a sua crença num mundo melhor.

A sua oralidade levou a que existissem versões diferentes de um mesmo conto. Porém o essencial do conto mantém-se inalterável.

Os Contos Populares tiveram os seus admiradores intelectuais que a eles se dedicaram numa investigação exaustiva e posteriormente a edição em colectâneas.

O primeiro que provavelmente se interessou foi Gonçalo Trancoso, que em 1575 reuniu textos da tradição oral e textos de origem erudita, chamados Histórias de Proveito e Exemplo.

É de lembrar, ainda, a colecção de romances populares elaborados por Almeida Garrett.

Em finais do século XIX, o interesse pelo conto popular cresce e assiste-se à preparação de grandes colecções de tradições populares recolhidas directamente da oralidade do povo.

Assim destacam-se Adolfo Coelho com Contos Populares Portugueses, em 1897; Teófilo Braga com Contos Tradicionais do Povo Português, em 1883; Consiglieri Pedroso com Contos Populares Portugueses, em 1910. Também, em 1987, Ana de Castro Osório editou um livro intitulado Para Crianças.

Actualmente verifica-se um maior interesse, por parte de alguns autores, na compilação e reedição de contos populares.

Assiste-se assim ao avivar da memória e tesouro popular de um povo, que afinal é nosso, e que caracteriza a nossa História e acentua a nossa cultura. Memória que é necessário salvaguardar, transmitindo-a às crianças e tesouro que se descobre de novo; conquistamo-lo e nunca mais o queremos perder.

Fonte: 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Casamento

Casei um cigarro
com uma cigarra,
fizeram os dois
tremenda algazarra
porque o cigarro
não sabe cantar
e a cigarra
detesta fumar.
Não digam que errei
(mania antipática!)
só cumpri a lei
que manda a gramática.

Luísa Ducla Soares
Ilustração: Ana Cristina Inácio



Há nomes que, aparentemente, são o masculino e o feminino um do outro, mas designam realidades diferentes.
Exemplos: o banho - a banha; o porto - a porta; o cigarro - a cigarra; o cavalo - a cavala.

Classe dos Nomes

 1. Preenche um crucigrama (palavras cruzadas) com NOMES COLECTIVOS.
2. Descobre o FEMININO dos nomes apresentados.
3. Descobre o PLURAL dos nomes apresentados.
4. Preenche um crucigrama (palavras cruzadas) com o GRAU DOS NOMES.
P.S.: Clica nas imagens.

Tipos e Formas de Frase


Identifica os tipos e formas das seguintes frases:

1. Obélix e Astérix vão à praia.
2. Obélix e Astérix vão à praia?
3. Obélix e Astérix vão à praia!
4. Obélix e Astérix, vão à praia.
5. Obélix e Astérix nunca vão à praia.
6. Obélix e Astérix vão mesmo à praia.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O soldado que foi para o Céu

Ia uma vez um soldado para casa com baixa; quando ao passar por uma ponte encontrou um pobre de pedir, que não tinha dinheiro para pagar a passagem e estava ali parado. Ora o soldado nunca tinha feito bem a ninguém; mas naquele instante teve pena do velhinho e carregou com ele às costas e passou a ponte. O soldado não pagou nada porque ia às costas do soldado. Logo que chegou ao outro lado, pôs o velho no chão, e ia despedir-se dele, quando o pobre lhe disse:
− Camarada, peça alguma coisa, que o que eu quero é agradecer-lhe.
− Ora o que lhe hei-de eu pedir?
− Peça tudo o que quiser.
O soldado pediu: Que todas as vezes que disser: "Salta aqui à minha mochilinha!" nenhuma coisa deixe de obedecer à minha ordem. E que onde quer que eu assente ninguém me possa mandar levantar.
O velho disse-lhe que estava concedido. Foi-se o soldado muito contente para casa e nunca mais trabalhou, e viveu bem, sem lhe faltar nada. Se queria pão, carne, vinho, dinheiro, dizia: "Salta aqui à minha mochilinha", e tinha logo tudo o que era preciso. Veio o tempo e o soldado estava para morrer; os Diabos vieram logo para lhe levarem a alma, mas o soldado viu-os e gritou: "Saltem aqui já à minha mochilinha!". Os Diabos não tiveram remédio senão obedecer; ele assim que os apanhou dentro da mochila mandou-a a casa do ferreiro para que lhe malhasse em cima até os deixar em estilhas. Por fim o soldado morreu, e como tinha passado sempre na má vida, foi parar ao Inferno. Os Diabos assim que o lá viram começaram a gritar:
− Fecha portas e postigos, senão seremos aqui todos batidos.
E aferrolharam as portas, e o soldado não pôde entrar para lá; foi então bater às portas do Céu. São Pedro assim que o viu, disse-lhe:
− Vens enganado! Não entras cá. Não te lembras da má vida que levaste?
Responde-lhe o soldado:
− Ó Senhor São Pedro! no Inferno não me quiseram. Eu agora para onde hei-de ir?
− Arranja-te lá como puderes.
O soldado viu meia porta do Céu aberta, e pega no barrete e atira-o lá para dentro, e disse:
− Ó Senhor São Pedro, deixe-me ir apanhar o barrete.
O soldado viu meia porta do Céu aberta, e pega no barrete e atira-o lá para dentro, e disse:
− Ó Senhor São Pedro, deixe-me ir apanhar o barrete.
São Pedro deixou; mas o soldado assim que o viu dentro do portal, sentou-se logo na cadeira dele. São Pedro quis mandá-lo sair mas não pôde e foi dali à pressa queixar-se a Nosso Senhor, que lhe disse:
− Deixa-o entrar Pedro, não tens outro remédio, porque assim lhe estava prometido.
E o soldado sempre ficou no Céu.

Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Sonho


Pelo Sonho é que vamos
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
Pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma dêmos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

- Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama, Pelo Sonho É Que Vamos, Ed. Ática.