segunda-feira, 4 de julho de 2011

Carta à ÁGUA

Barranco dos Pisões (Monchique) - foto tirada pela prof. Anabela Andrez


Monchique, 24 de Janeiro de 2011

Querida Água,

escrevo-te para te dizer o quanto me inspiras.
Quando estou com sede, sacias-me. Quando estou suja, limpas-me. Quando uma planta murcha, tu põe-na de pé. Quando o mundo seca, pedimos água e cais do céu. Quando pensamos que tudo é feio e horrível, tu mostras-nos como contigo, presente nas paisagens, tudo fica mais bonito.
Tens o dom da pureza, da simplicidade e da genuinidade.
Ando, por aí, sozinha, e ouço-te. Ouço-te a correr, e fazes aquele som que eu adoro, aquele em que bates nas pedras, aquele em que mostras ser livre.
Admiro-te por teres três dons: o dom de voar, quando estás no estado gasoso; o dom de parar, quando estás no estado sólido, e me fazes lembrar os homens-estátua; finalmente, o dom de poderes correr sem te cansares, quando estás no estado líquido.
Invejo-te em tudo, mas não gosto quando te sujam. Só de pensar que podes acabar... Mas isso não vai acontecer! Depende de nós continuares assim!

Admiro-te muito,

Joana Gingeira (8.º C, N.º 6)

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