terça-feira, 5 de julho de 2011

A Minha Verdadeira Casa


Geralmente, quando falamos em casa, falamos naquela que é constituída por paredes... Mas, para mim, é essa não é a minha verdadeira casa. A minha verdadeira casa é a Natureza. Foi aí que cresci a ouvir o canto dos passarinhos e a brincar com os meus vizinhos, os animais.
Na dita casa, há que decorá-la com cores a nosso gosto, para depois, passados uns anos, estarmos fartos e mudar tudo de novo, voltando a gastar dinheiro.
Na minha verdadeira casa basta olhar à nossa volta e ver de quantas cores ela é e o quanto vão mudando ao longo do ano: amarela e laranja no Outono e no Inverno; verde no Verão e Primavera...
Em casa, é preciso usarmos frasquinhos para perfumar o espaço com odores agradáveis, mas na Natureza basta inspirar um pouco para sentir o mesmo.
Ai! como é bom poder sentir o vento a bater-nos na cara, o sol a entrar por entre as folhas e a iluminar a nossa caminhada! Como é bom poder ser livre!
Embora possa não estar a habitá-la, vejo a Natureza como uma casa de férias, onde as janelas e as portas estão sempre abertas!...

Joana Gingeira 8.º C, N.º 6

Carta ao SOL


Monchique, 22 de Janeiro de 2011

Querido Sol:

De todos os elementos da Natureza és tu aquele de que gosto mais.
És tu que me fazes acordar com brilho e alegria, depois de um sono profundo.
És a minha paixão, a luz intensa que me aquece o coração.
Quando chove, não tenho muito que fazer. Por isso, nessas alturas, peço-te um favor: brilha, pode ser?
Às vezes no Inverno penso: "Ó Sol, onde estás tu para me dar um Verão feliz? Quando chega a época em que tu sorris?"
Um grande abraço para ti, meu querido e caloroso sol.

Francisco Nunes 8.º B, N.º 9

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Carta ao FOGO

Monchique, 26 de Janeiro de 2011

Querido Fogo,
és tu quem me aquece nos momentos mais frios da minha vida.
Começas por ser pequeno, mas cresces à medida que te alimentas.
Dás o brilho aos meus olhos e tens uma força tão imperiosa que és capaz de destruir tudo e todos.
És quente e incandescente como o Sol. A tua energia propaga-se por todo o lado e a tua luz brilha como a da estrela mais próxima do meu Universo.

Com todo o amor,
                                                                       Beatriz Silva (8.º B, N.º 1)

Carta à ÁGUA

Barranco dos Pisões (Monchique) - foto tirada pela prof. Anabela Andrez


Monchique, 24 de Janeiro de 2011

Querida Água,

escrevo-te para te dizer o quanto me inspiras.
Quando estou com sede, sacias-me. Quando estou suja, limpas-me. Quando uma planta murcha, tu põe-na de pé. Quando o mundo seca, pedimos água e cais do céu. Quando pensamos que tudo é feio e horrível, tu mostras-nos como contigo, presente nas paisagens, tudo fica mais bonito.
Tens o dom da pureza, da simplicidade e da genuinidade.
Ando, por aí, sozinha, e ouço-te. Ouço-te a correr, e fazes aquele som que eu adoro, aquele em que bates nas pedras, aquele em que mostras ser livre.
Admiro-te por teres três dons: o dom de voar, quando estás no estado gasoso; o dom de parar, quando estás no estado sólido, e me fazes lembrar os homens-estátua; finalmente, o dom de poderes correr sem te cansares, quando estás no estado líquido.
Invejo-te em tudo, mas não gosto quando te sujam. Só de pensar que podes acabar... Mas isso não vai acontecer! Depende de nós continuares assim!

Admiro-te muito,

Joana Gingeira (8.º C, N.º 6)

Amigos

Ser amigo de alguém é um enorme privilégio e uma sensação única. É saber que se pode confiar em alguém, e com esse alguém rir, chorar e desabafar. Não é amigo aquele que diz sempre "sim" a tudo, mas o que diz a verdade. Amigo é aquele que nos aceita como somos e não por aquilo que ele quer que nós sejamos.
Sem um amor podemos viver. Mas sem AMIGOS, não!

Raquel Marques  8.º C, N.º 16

O Pequeno Dragão

No dia 24 de Abril de 1997, nasceu em Monchique um pequeno dragão. De início, o dragão era solitário. Mas, quando tinha fome, ia comer ovelhas numa ilha chamada "Terra dos Caça Dragões". Sempre que regressava a Monchique trazia, para várias semanas, comida que armazenava na sua gruta.
Um dia, um menino, que andava a passear por Monchique, viu uma cauda preta a entrar numa gruta. Dirigiu-se à entrada da mesma e agarrou numa pedra do chão.
O dragão que vira não era grande: era do tamanho de duas ovelhas. Segundo o livro que o seu avê lhe dera, o dragão era um "Fúria da Noite".
Esfregando os olhos com um ar surpreso, o rapaz largou a pedra. O dragão olhou para ele. Não parecia sentir-se ameaçado. Mas assim que o rapaz começou a fugir, o dragão seguiu-o, até o alcançar. O rapaz, cheio de medo, deitou-se, e o dragão viu, então, no bolso daquele, uma sandes de paté de sardinha. Ao levantar-se, o rapaz tirou a sandes do bolso e deu-a de comer ao animal. Terminada a refeição, seguiram os dois para as respectivas casas.
À noite, no seu quarto, o rapaz só pensava na sorte que tivera, por não se ter tornado no lanche do dragão. Já quase a adormecer, viu uma chama através da janela. Abriu a janela e foi surpreendido pelo dragão, que lhe lambeu a cara e fez um jeito com a asa. O rapaz percebeu a ideia e subiu para cima dele. Juntos voaram até à terra dos Caça Dragões.
Ao chegarem à ilha, o dragão parou para almoçar uma ovelha. Mas, de repente, o rapaz viu uma bola de fogo vir na sua direcção, a qual foi desviada pelo fogo que o próprio dragão cuspiu. Já a salvo, o rapaz montou novamente no dragão e implorou que este voltasse para Monchique. Ao chegar à vila, o rapaz prometeu-lhe que não diria nada a ninguém acerca da sua existência. E assim foi.
Desde esse dia, antes de adormecer, o jovem olhava pela janela e via, ao longe, o fogo que o dragão deitava da boca. E todas as noites sonhava com possíveis aventuras que poderia viver com o seu novo amigo. Cada sonho se tornava realidade no dia seguinte, até que o rapaz se apercebeu que o dragão era mais especial do que aquilo que aparentava ser.

João Afonso 8.º B, N.º 13

A Serra de Monchique


Nalgum país de algum continente certamente já houve uma criança a perguntar à sua mãe:
- Qual é o lugar mais bonito do mundo?
Talvez essa mãe não tenha sabido responder ao filho, porque nunca deve ter estado na serra de Monchique.
Esta serra fica no Sul de Portugal, no Algarve.
Mesmo junto à vila de Monchique ficam os dois pontos mais altos: a Fóia e a Picota, ponto este onde existiu um vulcão, segundo se diz.
Há vários motivos para se adorar esta serra. Um deles é a água. Nas Caldas de Monchique há umas termas muito conhecidas. Mas na zona do Alferce também existem duas.
A fauna é outro aspecto importante. Avistam-se frequentemente alguns animais, como águias, javalis, coelhos, perdizes e raposas. Existem ainda veados e é possível que existam linces.
A flora é bastante diversificada e muito bela. Tem características muito especiais pois reúne espécies de clima temperado atlântico e clima temperado mediterrânico. Tem também algumas espécies de floresta laurissilva e outras que existem só nesta serra.
Até geologicamente a serra de Monchique é especial. Tem um tipo único de sienito, o foiaíto.
Em muitas culturas existe a tradição da matança do porco e esta é muito popular no concelho de Monchique. As pessoas matam um ou mais porcos que criaram. Normalmente convidam familiares e amigos para ajudar. Fazem chouriça. morcela, farinheira, molho e presunto e ficam com o resto da carne para cozinhar.
Aproveitando a abundância de medronheiros, é feita, a partir dos medronhos, a aguardente.
Além de ser o lugar mais bonito do mundo, é também o mais agradável. A serra é óptima para passear, tirar maravilhosas fotografias da natureza, fazer piqueniques, provar as deliciosas refeições servidas nos restaurantes ou simplesmente descansar. A serra é óptima para viver!
Quando se olha para a paisagem vê-se a maior beleza do mundo! Vêem-se montes, uns mais altos, outros mais baixos, árvores de formas, tamanhos e cores diferentes. Depois passa um pássaro. É possível reparar no agricultor, ao longe, que cava o seu canteiro e no pastor com as suas cabras atrás.
Há algum lugar mais bonito que a serra de Monchique? Não.

Mariana Gamito Rodrigues 8.º C, N.º 12

Vida


Nós, humanos, somos seres estranhos. Nunca estamos felizes com nada. Vivemos sempre em busca de algo que não temos, e o que temos já não importa, deixa de ter interesse.
A felicidade está acima de tudo e estamos sempre a tentar alcançá-la. Podemos ter bens, saúde, uma família, mas faz sempre falta alguma coisa, algo que talvez esteja distante e seja impossível de alcançar. Mas é isso que desejamos, ainda que o que realmente precisamos esteja ao nosso alcance. Ter casa, bens, família, amigos, dinheiro, seria essa a definição de felicidade? Não sei. Sinceramente, a resposta não é tão simples como parece. Talvez a felicidade não se resuma a essas coisas, embora as mesmas ajudem muito. 
A vida deve ser encarada com simplicidade, porque a vida é, na verdade, complexa.
Em criança tinha o forte desejo de crescer, ser uma pessoa adulta. Hoje, quase adulta, gostaria de voltar a ser criança. Mas por que razão sentimos falta daquilo que já tivemos e não voltaremos a ter? Afinal de contas o que nos faz feliz? O que é ser feliz? Talvez seja a esperança de saber que o Amanhã poderá vir a ser melhor, e é por isso que batalhamos Hoje. Acho que ser feliz é, talvez, viver o que temos para viver da melhor maneira que pudermos. "Querer é poder. Basta acreditar para acontecer".

Joana Estêvão 8.º B,  N.º 12

A Droga

Vicias-te na droga
E já não consegues sair.
Isto não é brincadeira,
Tu estás a cair.

No início pensas
Que consegues voltar atrás.
Mas no fim dizes
Que já não és capaz.

Pensa que consegues voltar,
Mas issso não é verdade.
Não vais conseguir parar,
Perdes a tua liberdade.

Luta por ti
E pela tua vida.
Não brinques com a droga,
Começas num vício sem saída.

E depois
Já não aguentas mais.
Só pensas em ti.
Imagina como se sentem os teus pais.

Catarina Viana N.º 4, 8.º B

Uma Voz Sofredora

MORGILLI - Primavera em Veneza

Era Primavera e nas ruas de Veneza os casais passeavam alegres e apaixonados, as crianças brincavam e os passarinhos cantavam. Era tudo perfeito lá fora.
- Como seria bom ter alguém do meu lado - pensava Diana enquanto olhava pela janela. - Como seria bom que um príncipe encantado me pudesse salvar desta casa escura, onde a minha madrasta me prende...
Diana tinha dezassete anos e havia cinco anos que estava presa naquela casa. Presa não apenas fisicamente, pois o seu interior, apesar de sonhador, estava também preso àquela casa.
Eram três horas da manhã. A madrasta dormia. Diana estava deitada nas sua cama a pensar, quando... uma pedra bateu no vidro da janela. Diana levantou-se e abriu-a.
- Olá, Princesa! Está na hora de regressares ao teu castelo - disse um rapaz com um grande sorriso.
Era um rapaz alto, loiro e de olhos verdes. Chamava-se Martim e era um verdadeiro Príncipe. Este apaixonara-se pela voz de Diana, que cantava todos os dias para afastar a solidão.
A história de Diana já era conhecida naquela zona. Martim ficara sensibilizado e fascinado com a força e coragem daquela pobre rapariga e decidira que ela não podia sofrer mais.
- Não entendo. Por que me falas assim se não me conheces? - perguntou ela, indignada.
- Conheço tua  voz e chega-me. Uma rapariga com uma voz como a tua não pode sofrer mais. Vem comigo, Princesa! Sai deste inferno e vem comigo para o Paraíso - disse Martim, com os olhos a brilhar.
- Como são belas as tuas palavras, meu Príncipe!
Diana fez, então, com os lençóis da cama uma corda e desceu pela janela. Martim pegou nela, colocou-a no seu cavalo branco e beijou-a na testa.
- Agora, minha Princesa, vais poder ser feliz.

Susana António 8.º C, N.º 18

Um Mundo Ideal


O mundo ideal, para mim, seria um mundo em que não existisse a guerra, onde só houvesse a paz, onde a água fosse vida, e a vida fosse tudo... Um mundo em que aproveitássemos tudo o que nos faz felizes. Onde soubessemos que somos um grãozinho duma praia maior e que devemos dar tudo o que temos de melhor. Onde a água fosse cristalina e trouxesse esperança, o Sol fosse luz e trouxesse alegria, as plantas fossem vivas e trouxessem côr, as nuvens fossem brancas e limpas e trouxessem a paz.
Um mundo onde o mar fosse azul, onde existissem as mais variadas espécies, onde não houvesse tecnologias... Um mundo natural!
Um mundo em que os sonhos se pudessem todos realizar, um mundo onde o homem não se isolasse.
Mas este é só mais um dos milhares de sonhos que todos temos. Estou aqui, eu, a imaginar, a escrever, a falar... para quê? Para ocupar o meu tempo... Este é só... mais um mundo ideal.

Joana Gingeira 8.º C, N.º 6