segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Caldo de Pedra (recriação livre do conto)

Filipe, um jovem frade de 20 anos, andava ao peditório. Quando chegou a casa do lavrador Rafael, ninguém quis dar-lhe nada. Filipe estava morto de fome e disse para toda a gente ouvir:
- Vou ver se faço um caldinho de pedra.
Apanhou uma pedra que se encontrava perto doS seus pés, limpou-a e observou-a atentamente para ver se seria boa para fazer um caldo.
As pessoas lá de casa ficaram espantadas e puseram-se a rir do frade, que lhes disse então:
- Nunca comeram caldo de pedra?! Só lhes digo que é uma delícia.
Responderam-lhe em tom de desafio:
- Sempre queremos ver isso.
Foi o que Filipe quis ouvir.
Depois de ter lavado a pedra na torneira, pediu que lhe dessem um recipiente onde pudesse colocá-la.
Deram-lhe então uma panela de inox, a qual o frade Filipe encheu de água, tendo depositado depois nela a tal pedra. Em seguida, pediu com amabilidade que o deixassem pôr a panela a aquecer no fogão. A água começou a ferver e o frade, muito matreiro, começou a dar largas ao seu plano:
- Com um bocadinho de manteiga é que o caldo ficava um primor!
Foram então ao frigorífico buscá-la.
A gente da casa estava muito curiosa com o que haveria de sair de tal especialidade que o frade Filipe confeccionava. Este pediu então umas folhas de couve e Marta, a esposa de Rafael, foi ao mini-mercado perto de sua casa comprar uma fresca e tenra. A mais bonita que alguma vez tinha visto.
Por fim, o frade Filipe juntou ao caldo uma chouriça que também havia pedido a Rafael. Preparado o caldo, o frade encheu com ele a barriga. Até que Marta lhe perguntou:
- Ó frade Filipe! Então, e a pedra?!
Respondeu-lhe Filipe:
- A pedra? Levo-a comigo para outra vez!
E fugiu, quase voando, porque Rafael, tendo percebido o "esquema", correu atrás dele para lhe bater...

Joana Estêvão & Beatriz Silva
8.º B

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